uma nova távola me ronda e um tudo e um nada aproveitam para
dar voltas com as mãos dadas com a sorte fortuna que aguarda as avaliações justas e necessárias
para permanecer fincando pé fazendo questão ancorado nesse corpo cuja rota
coordenadas mapas indicam ser um porto um ponto ou promontório elevadas nádegas
doces e geográficas nádegas desenhadas constituindo um landscape todo próprio e
particular mares de morros serra e regaço espaços que espero uma hora dessas
ocupar
canto livre... de cantinho, beco, pequeno local onde pode se esconder... é um blog de pirações, textos poéticos e fotografias
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
uma nova távola
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015
pqp
se na noite úmida dá medo de escorregar no limo que se forma
nas esquinas da existência imagina em cork que chove pra caralho e a água
parece escorrer eternamente pelo meio fio dos séculos. então não há desculpas
para ser descuidado pois não há descuido que passe sem contusões daquelas
sérias que precisam de injeção de ânimo e analgésicos. de analgésicos fortes e
comprimidos pra dormir. e na preguiça
brava da moleza brasileira depois de alguns descongestionantes desconstruir os
discursos de delicadeza fazer um esforço hercúleo e te mandar para aquele lugar.
domingo, 15 de novembro de 2015
(des)acontecimento
canto nesse curto conto as coisas que desaconteceram puf
sumiram no ar sem deixar cheiro ou rastro apenas uma indelével lembrança suave
memória oculta história que logo amanhã desaparecerá nessa névoa do tempo e da estação
na serração que goteja do nariz que produz ranho e raiva pois localiza seu
cheiro ali e não aqui onde traço torto a reta que não me traz você que corre atrás
de outros novos toques ou nem tão novos mas não os meus
escute AQUI a leitura do poema
escute AQUI a leitura do poema
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
miolo
há um hiato entre seu desejo e meu prato que busco juntar
com meus dedos do meu lado o jantar está posto o retrato está cansado e nem uma
sombra de perigo ou sossego se desenha nesse trago talvez fosse o mundo talvez
meu passado talvez ainda sua unha tocando meu fado que arrastou meu destino para
esta sarça em que ardo sou eu o menino sou eu o malvado
ouça a leitura desse poema A Q U I
ouça a leitura desse poema A Q U I
terça-feira, 3 de novembro de 2015
economia
no nível primário a primavera
rola conforme se espera nessa época todo ano. no nível primário as crianças
brincam os adultos tratam dos dentes os cães ladram para qualquer caravana e as
cobrinhas todas conspiram contra.
no nível secundário não dá pra
segurar o nó no peito e transformá-lo em dó no leito só porque sei ler música e mãos. no
nível secundário os círculos não se fecham então não são círculos porque se
fossem descreveriam arcos retornos e você estaria em meus braços e não livre e so far away.
iez... sou capaz de sorrir enquanto me roo osso por osso.
ouça a leitura desse poema. clique aqui
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