quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

doce


pe pe pensei em várias palavras para ver se facilitaria elas caírem à boca tombarem do palato  se foderem na língua e pá pintarem o seu mundo com as minhas tintas e cores mas eis que pinta um engasgo um trupico o caralho exigências de legendagem: os carinhos que posso te dar incluem cavalares doses quase diabéticas de afetos pois nunca escondi que sou afeito a fazer doce. mas quem anda exagerando no açúcar é você e eu fico todo mole melado em  ponto de bala e completamente abobado

 

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

dias e dias


Há dias sem você e há dias com panquecas
Dias pequenos que de repente se avolumam

Pela carne que não é a tua pelos dentes que também não são teus
Nos dias de panquecas as horas são livres o mundo é redondo e os homens ainda aprenderão

Nos dias sem você
3 mortos na baixada
Policia prende 4 e mata um
Black blocks  barbarizam na cidade
Zyka causa mais doenças do que o já sabido
Tempestades são esperadas na região sul da cidade
...

domingo, 24 de janeiro de 2016

sem essa, macalé



sem essa macalé

pensei em te mandar uma merda qualquer um rabisco um cisco um mal me quer

ainda não desisti mas também nem enviei

travestido de resistente

rapidamente recolhi as frases todas desenhadas a  carvão e cal

foi meu cunho melódico e social que me pegou de jeito

e esse amargor na boca esse dó de peito

é só bilis

e expressão cordial


dedos fingers vingers Finger



aquele que nunca enfiou o dedo no cu levanta agora e anda três passos e põe porra porque não é fácil todo dia esse sobe e desce e sobe e de repente sabe que a vida passa assim tão rápido quanto uma dedada pode ser ou não ou sim ou não e sim ou mais o seu não que nem tem fim de tão cedo foi teu nem adeus que passo aliso enfio dedos meus todo dia bem cedo a desafiar os minutos segundos  dos teus medos



quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

contingências



Conjecturei tecer teias de um encontro cada vez mais constante. Depois de meias palavras e dois décimos de tempo perdido as conjunções astrais desfavoreceram  aquela vontade de ficar me esfregando em seu corpo o que partiu meu pinto e coração e endureceu a minha pobre alma. Mas como poderia eu adivinhar que o seu charme era só armadilha a ameaçar meus medos e os dedos do pés? Como poderia eu cego ver que suas mãos eram apenas troças e pívias a ejacular bibliografias  remendos e altos lá? Engulo o verbo e cada sema e semema que vomitei achando que podia ter significados. E fecho a cara pois não estou para contingências nessa hora em que me despeço.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

6 haikku de farewell

1.
Fui afetado pelos seus rabiscos
e pelas frases feitas que me atiraste
: eu era um alvo leve e disposto.

2.
Pensei nas poses que faríamos
Nas risadas que daríamos
Mas você fechou seu corpo com as chaves para dentro

3.
Quando seu corpo tocava o meu
Os anjos com ira,
Socavam suas as liras um na fuça do outro

4.
Sei de poucas coisas.
Do mundo que me desenhas
Não dei conta de seus traços

5
Foi por demais intenso
Não. Eu tolo desacostumei
De como se comportam os corpos

6
O seu adeus foi de longe
Quando cheguei perto
Já não tinha mais por onde

sinais



Este descompasso indica como são difíceis os dias sem os teus índices econômicos suas madrepérolas roxas e seu saco de dormir. Anotei sua desconsideração e registrei sua destreza Assim como fotografei seu sorriso meio perdido de satisfação.  Io sappeva claro sabia que haveria de ter esse não tido e um coletivo de perdidos a porem no chão a minha macheza.

Daí essa meia dúzia ou duas palavras que soam perdidas.

E são.