pe pe pensei em várias palavras para ver se facilitaria elas
caírem à boca tombarem do palato se
foderem na língua e pá pintarem o seu mundo com as minhas tintas e cores mas
eis que pinta um engasgo um trupico o caralho exigências de legendagem: os
carinhos que posso te dar incluem cavalares doses quase diabéticas de afetos
pois nunca escondi que sou afeito a fazer doce. mas quem anda exagerando no açúcar
é você e eu fico todo mole melado em ponto
de bala e completamente abobado
canto livre... de cantinho, beco, pequeno local onde pode se esconder... é um blog de pirações, textos poéticos e fotografias
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
dias e dias
Há dias sem você e há dias com panquecas
Dias pequenos que de repente se avolumam
Pela carne que não é a tua pelos dentes que também não são teus
Nos dias de panquecas as horas são livres o mundo é redondo
e os homens ainda aprenderão
Nos dias sem você
3 mortos na baixadaPolicia prende 4 e mata um
Black blocks barbarizam na cidade
Zyka causa mais doenças do que o já sabido
Tempestades são esperadas na região sul da cidade
...
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domingo, 24 de janeiro de 2016
sem essa, macalé
sem essa
macalé
pensei em
te mandar uma merda qualquer um rabisco um cisco um mal me quer
ainda
não desisti mas também nem enviei
travestido de resistente
rapidamente
recolhi as frases todas desenhadas a carvão e cal
foi meu
cunho melódico e social que me pegou de jeito
e esse amargor
na boca esse dó de peito
é só bilis
e expressão cordial
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Jards Macalé,
sem essa
dedos fingers vingers Finger
aquele que nunca enfiou o dedo no cu levanta agora e anda
três passos e põe porra porque não é fácil todo dia esse sobe e desce e sobe e
de repente sabe que a vida passa assim tão rápido quanto uma dedada pode ser ou
não ou sim ou não e sim ou mais o seu não que nem tem fim de tão cedo foi teu
nem adeus que passo aliso enfio dedos meus todo dia bem cedo a desafiar os minutos segundos dos teus medos
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
contingências
Conjecturei tecer teias de um
encontro cada vez mais constante. Depois de meias palavras e dois décimos de
tempo perdido as conjunções astrais desfavoreceram aquela vontade de ficar me esfregando em seu
corpo o que partiu meu pinto e coração e endureceu a minha pobre alma. Mas como
poderia eu adivinhar que o seu charme era só armadilha a ameaçar meus medos e
os dedos do pés? Como poderia eu cego ver que suas mãos eram apenas troças e pívias
a ejacular bibliografias remendos e altos lá? Engulo o verbo e cada sema e semema que
vomitei achando que podia ter significados. E fecho a cara pois não estou para
contingências nessa hora em que me despeço.
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
6 haikku de farewell
1.
Fui afetado pelos seus rabiscos
e pelas frases feitas que me atiraste
: eu era um alvo leve e disposto.
2.
Pensei nas poses que faríamos
Nas risadas que daríamos
Mas você fechou seu corpo com as chaves para dentro
3.
Quando seu corpo tocava o meu
Os anjos com ira,
Socavam suas as liras um na fuça do outro
4.
Sei de poucas coisas.
Do mundo que me desenhas
Não dei conta de seus traços
5
Foi por demais intenso
Não. Eu tolo desacostumei
De como se comportam os corpos
6
O seu adeus foi de longe
Quando cheguei perto
Já não tinha mais por onde
sinais
Este descompasso indica como são difíceis
os dias sem os teus índices econômicos suas madrepérolas roxas e seu saco de
dormir. Anotei sua desconsideração e registrei sua destreza Assim como
fotografei seu sorriso meio perdido de satisfação. Io sappeva claro sabia que haveria de ter
esse não tido e um coletivo de perdidos a porem no chão a minha macheza.
Daí essa meia dúzia ou duas
palavras que soam perdidas.
E são.
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