quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

vakantie



o dia passa a passos lentos
pesos & fardos depostos
nada no horizonte
nado até onde a vista alcança
cansada vista que já não avista nada nenhures ninguém aqui alhures além

nada que possa ouvir ou rever do que restou daquele pedaço porção fração de música ainda pálida amarelecendo as almas que tocavam aquele lindo instrumento que trazias entre as pernas & que as vezes se colocava a serviço soando alto & mais longe & as vezes não.

o sol hoje é mais forte
amanhã & depois ferverá
liquefazendo as nossas histórias
efêmeras & falsas & feias
histórias nossas

domingo, 15 de dezembro de 2013

barbarossa



o sol
inundou meu quarto canto & cesto
com seus raios
ainda mareado & um tanto cambaleante
solto três peidos
em homenagem à luz que surgiu inadvertidamente
nos quintos do meu céu

sábado, 2 de fevereiro de 2013

joão & o pé de feijão


joão subiu no pé de feijão & viu o gigante. tudo nele era grande, era imensidão,  vastidão sem fim nem início. como era lindo & forte. doce & gigantesco aquele gigante que olhou para o joão & estendeu-lhe a mão cheia de estrelas. joão, o bobo contemplou as galáxias. lócus onde nem norte nem sul existem há que se dizer. mas depois fechou o corpo. trancou a alma & desceu correndo pelo pé de feijão até cair de cara na terra vermelha que suja os pés dos joões bobos ou não. caiu, olhou para cima & viu dois pés enormes imensos 46 descendo pelo faseolo. não se fez de rogado. pegou serra, bigorna, chave inglesa, machado & pôs abaixo o que o elevava.

você vê aquelas montanhas ali filhote, onde as águas correm com força descomunal? serras cheias de árvores que tocam o céu de tão grande? é o gigante morto & deitado & se você encontrar esse joão, o do pé de feijão fuja, corra, se esconda, reze um terço, se apegue a um santo pois ele é pequeno, o desgraçado

 mas é malvado.