joão subiu no pé de feijão &
viu o gigante. tudo nele era grande, era imensidão, vastidão sem fim nem início. como era lindo &
forte. doce & gigantesco aquele gigante que olhou para o joão & estendeu-lhe
a mão cheia de estrelas. joão, o bobo contemplou as galáxias. lócus onde nem norte
nem sul existem há que se dizer. mas depois fechou o corpo. trancou a alma
& desceu correndo pelo pé de feijão até cair de cara na terra vermelha que
suja os pés dos joões bobos ou não. caiu, olhou para cima & viu dois pés enormes
imensos 46 descendo pelo faseolo. não se fez de rogado. pegou serra, bigorna, chave
inglesa, machado & pôs abaixo o que o elevava.
você vê aquelas montanhas ali
filhote, onde as águas correm com força descomunal? serras cheias de árvores
que tocam o céu de tão grande? é o gigante morto & deitado & se você
encontrar esse joão, o do pé de feijão fuja, corra, se esconda, reze um terço,
se apegue a um santo pois ele é pequeno, o desgraçado
mas é malvado.
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