terça-feira, 22 de dezembro de 2015

viagem



Deve haver um meio ou dois terços ou três quartos de orgulho para engolir essa situação e partir mesmo que em pedacinhos pro oriente. Deve haver alguma espécie de portal para atravessar o tempo e chegar onde tudo sempre esteve e tecer desconsiderações e fazer assim com a cabeça pois tanto faz cá como lá as coisas mudam pouco. Como não cabe no mundo meu coração batuca aquela velha canção sem muito sentido com pouco significado e sai de cena saudando os pobres e os comprimidos. Parece que vai para Pequim. Ainda hoje.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

olhei pelo lado mais fácil



Olhei pelo lado mais fácil. Difícil foi por no lápis tantos lapsos e descuidos mesmo sabendo matemática e cálculo diferencial. Precisei contar nos dedos até não ter mais dedos e perder a conta para ter coragem, nadar contra a corrente e remar de volta ao nada subindo o rio contornando alguns desastres reais ou aparentes. Outros, como as pedras, seu nome e a cor mais linda do mundo me foram impossíveis. Por isso me encontro nesse estado de quase coma enquadrado na moldura de seu desejo que tem os ângulos mais bonitos que eu já observei. De olhos abertos. De olhos fechados.


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domingo, 6 de dezembro de 2015

domingo


domingo,


dia de delongas e esperas tão inúteis que penso melhor seria se segunda feira fosse pois nas segundas apesar das esperas, primeiro corre o dia.  ignoro seu paradeiro também nas terças. nas quartas meio derrotado desato os nós. quintas e sextas não existem pois se existissem seriam sábados, não quintas e sextas quando espero ansiosamente o taxi que me leva rispidamente para sua rua. sábados são de descanso. e o dia das esperas inúteis revém domingando logo cedo medindo os minutos que você não conta com a ponta de meu dedo.