Quem te vê talvez veja como os dias podem ser bons e como
pudendas bundas podem ser gostosas quando vistas de longe momento em que as lambidas
são meros sonhos mas que podem virar a noite ali naquela esquina em que você se esconde.
Mas quem te viu de perto aprendeu a gostar desse seu mau
gosto meio saborzinho de comida ruim bem baratinha que se encontra nos vales,
parques e praças dessa cidade. Quem te viu de perto sabe exatamente o nome de
seus desvios onde muitos se perderam nas curvas nessas que dancei ou noutras
que levaram os incautos à deriva onde não há nem ilhas nem mar nem nada buraco
negro onde se mete dois dedos e mais dois, depois goza e ali se deixa toda esperança
escorrer pelo seu ralo. Quem te viu de perto vê os dias avançando e se arrastando
por entre suas carnes moles, seus dentes tortos, suas pernas toscas onde os
tios mijam e trocam impressões sobre o poste colando cartazes ao deixarem as
mordidas nessas costas em que os presos marcaram os dias de foda e de espera. Quem
te viu de perto, não vê mais nada: é só cegueira e destruição.
Não sei ainda o que posso ser, absolutamente, porque acredito, que o absoluto, não seja uma existência absoluta, seja uma ideologia do seu próprio signo, assim como a ideologia, seja sua própria existência significativa. Todos os dias tento encontrar um pouco de mim, em cada ser humano que conheço, não consegui, por certo, ter essa certeza encontrada, apenas me defronto, com meus eternos conflitos existênciais. Procuro, mais não sei porque procuro, encontro, mais não sei porque encontrei...apenas caminho, por entre esta minha vida, respirando cada segundo, como se fosse uma eterna vida, após inúmeras mortes, que tive nesta minha vida suprema.
ResponderExcluirCurti muito. Bjs.
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