domingo, 20 de fevereiro de 2011

fidélio


pombas-gira gorjeiam sobre o varal mal disposto


pombas-peru de antuerpia limpam o bico no mesmo varal


periquitos & rouxinóis recolhem as sujeiras deixadas pelas araras


que aleardearam alvíssaras.


indiozinho pataxó dá as mãos para um terena


que embrulhadinhas em folhas de bananeira


são assadas ao ponto


porque índio quer apito


& o pau comendo.


em outra praia pascal medita & dorme


vomita uma babinha metafísica


boa para fazer papa de calopsita e vestidinho de bispo.


o passaredo todo alardeia a ideia mais despropositada


fazer propósito e não ser nem andorinha


muito menos galinha


dangola

índia ou


carijó.


ciscar por ai:


never more


nem sobre o busto de palas athena


nem sob as botas do gato de napoleão


nem atras das cortinas do municipal


tampouco na sua frente na sua cara.

pombinhas da paz fazem cocô nas estátuas congeladas do tempo


cagam florezinhas da paz


inutilmente


as pombinhas da paz


se cagassem tréguas soltaria rojões em seu e em meu nome


moraríamos juntos


e estrelariamos comercial de margarina maionese ou mingau de aveia


mostrando pra todo mundo os dentes mais brancos


e as cores mais vistosas


que o amor pode proporcionar.

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