canto livre... de cantinho, beco, pequeno local onde pode se esconder... é um blog de pirações, textos poéticos e fotografias
terça-feira, 28 de junho de 2011
isso passa
passa cachorro
passa boi
passa boiada
banana também passa
passa-anel passe-partout
até passa-ana-maria
mas você todo diógenes, o cão
me passou a ferro
com suas sabias palavras
isso passa
uva também
sábado, 25 de junho de 2011
neun Haiku und ein Epilog
1.
meu mundo nunca foi uma gondwana
mas deixa-lo assim
ao pedaços
é covardia
2.
a primeira vez que olhei seus olhos
estavam tão verdes & caribenhos
que mergulhei fundo neles
3.
gostei de te ouvir gaguejar
para mim suas palavras
soavam como gorjeios
4.
seu risoto
de pera com gorgonzola
comi ajoelhado
virei garoto
5.
não havia perfume melhor
que o cheiro de suor
espalhado pela casa
6.
você deixou a marca de seus dentes no meu braço
mas a estrela da minha fé
te acompanha em cada passo
7.
brinquei de ser menino
andei de bicicleta
& me ralei todo
8.
não durou até meu aniversário
nosso aniversário
de nuvens & aventuras
9.
você faz terra arrasada
com sua calculada
indiferença
epílogo
olharesselandscapeondevocê&acidadeseencostamdeixaumamargonabocadáumadornascostas
meu mundo nunca foi uma gondwana
mas deixa-lo assim
ao pedaços
é covardia
2.
a primeira vez que olhei seus olhos
estavam tão verdes & caribenhos
que mergulhei fundo neles
3.
gostei de te ouvir gaguejar
para mim suas palavras
soavam como gorjeios
4.
seu risoto
de pera com gorgonzola
comi ajoelhado
virei garoto
5.
não havia perfume melhor
que o cheiro de suor
espalhado pela casa
6.
você deixou a marca de seus dentes no meu braço
mas a estrela da minha fé
te acompanha em cada passo
7.
brinquei de ser menino
andei de bicicleta
& me ralei todo
8.
não durou até meu aniversário
nosso aniversário
de nuvens & aventuras
9.
você faz terra arrasada
com sua calculada
indiferença
epílogo
olharesselandscapeondevocê&acidadeseencostamdeixaumamargonabocadáumadornascostas
não houve festa
hoje era para ser festa. chaves na mão. coração na boca. paus e cus a postos.
um beck pra mim. um vinho pra você. & toda nossa gastronomia.
de lá são paulo. rio. vitória. amsterdam. antuérpia.
mas não foi assim.
voltei sozinho do nosso ap. apertando o pé. pisando fundo. catando porcos.
os poucos pensamentos estavam a sua procura.
mas você não estava
& agora sem óculos vejo que jamais esteve
onde estava escondido
meu
coraçãozinho ateu de galinha
minha testosterona toda
& meu cu embrulhado de presente.
um beck pra mim. um vinho pra você. & toda nossa gastronomia.
de lá são paulo. rio. vitória. amsterdam. antuérpia.
mas não foi assim.
voltei sozinho do nosso ap. apertando o pé. pisando fundo. catando porcos.
os poucos pensamentos estavam a sua procura.
mas você não estava
& agora sem óculos vejo que jamais esteve
onde estava escondido
meu
coraçãozinho ateu de galinha
minha testosterona toda
& meu cu embrulhado de presente.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
rudepoema
balinha da benemerência.
bolinha daquela velha e boa finesse
tirada com garbo do meu nariz torto.
mas talvez você também torcesse o seu
se ouvisse sua voz fanha
a pedir mais & juras & mais outras vezes mais quando chovia paixão
cântaros
d'água
& corações polissêmicos.
eles batiam no descompasso das descobertas daquele domingo
ficaram surpresos a cada surpresa do gosto
& totalmente bluesies
dançaram a dança dos que dançam quando se fundem.
passaram os dias mudaram os gestos
mas as marcas na parede & na existência
ainda estão visíveis
são bandeiras & arte
tanto quanto suas freadas
desfraldadas ao vento hasteadas na alvorada.
nude poem
um fiasco
é o que se pode falar de nós
que inventamos a roda
após muitas conquistas
essa dupla
como batman e robin
antes imbatível
se recolhe
cada um em sua caverna
tão ovo tão apertadinha
que só cabem
alguns fantasmas
pendurados
aqui e ali
é o que se pode falar de nós
que inventamos a roda
após muitas conquistas
essa dupla
como batman e robin
antes imbatível
se recolhe
cada um em sua caverna
tão ovo tão apertadinha
que só cabem
alguns fantasmas
pendurados
aqui e ali
segunda-feira, 20 de junho de 2011
fullhouse
o dia amanheceu vazio
minha cara cheiameu corpo ao meio
1/3 do copo de gim
a casa repleta
de tua ausência.
pensei em gritar 3 vezes seu nome
li várias vezes o seu horóscopo
e tomei banho pra lavar a alma
não havia mais seu sorriso
nem nossas coisas
menos ainda nossos planos
mas meus braços abertos não se fecham
meus desejos duros não desistem
e meu orgulho
ora meu orgulho foi para o ralo
onde estou
a teus pés
olhando pra cima
esperando
seus olhos ficarem verdes
para atravessar o sinal.
pensei em gritar 3 vezes seu nome
li várias vezes o seu horóscopo
e tomei banho pra lavar a alma
não havia mais seu sorriso
nem nossas coisas
menos ainda nossos planos
mas meus braços abertos não se fecham
meus desejos duros não desistem
e meu orgulho
ora meu orgulho foi para o ralo
onde estou
a teus pés
olhando pra cima
esperando
seus olhos ficarem verdes
para atravessar o sinal.
sábado, 18 de junho de 2011
pink anus
quarta-feira, 15 de junho de 2011
segunda-feira, 13 de junho de 2011
férias frustradas
nem o rio amstel
tampouco dam & outras praças
rembrant
jonas daniel meijer
meester visser
nenhum café louco & benfazejo
sequer espiadela no pathé só pra ver onde se dirige o desejo
...
nem o rio scheld
e sua marmorra onde meu coração adormece
nada de grote markt & seu brabo
nada de descer linda
pela nationalestraat
& dar pinta na meier
nenhuma carinha cult
nenhuma carinha de anjo
putto & barroco
nenhum artista esculpindo sua pedra
de janela aberta ouvindo jacobus clemens non papa.
...
& tantas outras planejadas aventuras
por frankfurt
& talvez milão
mas não estava no mapa
ficar no meu canto sem você
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domingo, 12 de junho de 2011
valentine's day
naufrágio na baía
os casais comemoram
as crianças correm
o japonês frita peixe
desarrumo doidamente o armário
desarmo a ternura
tusso firme para não chorar
& cuspo mágoas
rosário delas
mar de mágoas
sexta-feira, 10 de junho de 2011
(de)composição
não são apenas meus dedos que são podres
eu que sou todo deletério
cheirando os odores dos malditos
exalado o hálito dos danados
é incomensurável o mal que trago em mim
é incompreensivel o estrago de que sou capaz
é inconcebível a a ruína que semeio
jogue água benta se benza faça o nome do pai
e agradeça deus por ter partido
inclusive o meu coração
domingo, 5 de junho de 2011
antilamento farrapo
não sou das plagas do rio grande
sou das pragas dos canaviais & da terra roxa
caipira nos erres e esses
não solto nenhum mas bah
engulo dissonâncias
não meço distâncias
pulo
corro
entre as troxas
entre os trouxas
com meus sapatos sujos
com meu olhar sujo
e minha alma vazia
não sou das plagas do rio grande
sou caipira
então tenho um pouco quase nada
a te oferecer
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