domingo, 12 de junho de 2016

noise


havia de ter mesmo muito barulho e rojões e gritos e hard rock para quem  andava assim meio bossa nova e low profile nesses tempos de inverno.

a baba inconjunta de seus lábios nos meus beiços:  nem era mais barulho era música era mozart era mágica. aos olhos e aos ouvidos. até dos desavisados.

nem de longe me passou à cabeça o papel principal de minha profissão: não houve tempo não houve espaço. Por essa mordidinha você me paga. e recebeu.

nenhuma dialética. só células arranjos e muita magia. coisas desacostumadas e novidadeiras num jogo de abraços longos e apertados.

notei que todos os seus olhos azuis formaram um mar onde não havia mais nem céu nem frio tamanho azul que iluminava a cena no canto escuro desse bar de moços e maços de musicas que não compreendo mas gosto desde a infância.

para irritar evito as rimas e as distâncias.

amanhã ainda não saberei seu nome. mas me aguarde na segunda. 



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