havia de ter mesmo muito barulho
e rojões e gritos e hard rock para quem
andava assim meio bossa nova e low profile nesses tempos de inverno.
a baba inconjunta de seus
lábios nos meus beiços: nem era mais
barulho era música era mozart era mágica. aos olhos e aos ouvidos. até dos
desavisados.
nem de longe me passou à
cabeça o papel principal de minha profissão: não houve tempo não houve espaço. Por
essa mordidinha você me paga. e recebeu.
nenhuma dialética. só células arranjos e muita magia. coisas desacostumadas e novidadeiras num jogo de
abraços longos e apertados.
notei que todos os seus olhos
azuis formaram um mar onde não havia mais nem céu nem frio tamanho azul que
iluminava a cena no canto escuro desse bar de moços e maços de musicas que não
compreendo mas gosto desde a infância.
para irritar evito as rimas e
as distâncias.
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