sábado, 6 de novembro de 2010

desapego. exercício 2


se era pra ser só carne


bifão me punha.


mas quis mostrar humanidade


afinidade


respeito. todas palavras sem significado nessa selva de corpos q cultiva.


pensei em meu filho para quem o mundo é açougue.


pensei em vc para quem fiz parte de um cardápio.


pensei em todas essas que cortam o centro atras de rasgos na alma.


esses cortes secam fecham e marcam


o olvido é melhor que o cheiro que me vem à cabeça.


assim como todas as tentativas de destruição: o layout é bom mas não especial. a performance é boa mas não inesquecivel. o sorriso é largo mas não verdadeiro. o corpo é quente mas não aquece.


catei um homônimo. visitei a estrada.


o bairro.


a capela


que poderiam chamar qualquer coisa menos seu nome.


agora ele repousa num saco de amarguras.


vez ou outra abro a boca para escapar os demônios


& rio do jeito que usa talheres

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