domingo, 15 de maio de 2016

no flower power

Força eu fiz, mas já não faço mais. 



Caguei na tua alma. Estava pleno demais para te poupar, eu que sou pai da matéria, mãe do assunto, avô da discussão, mas nada teu.
Mijei no teu espírito. Estava incontinente demais para evitar virar as cartas do jogo ou aquela esquina, eu pai das putas, mãe das manhas, avó das aves, mas nada teu.
Peidei na tua existência. Estava enfatuado demais para te perfumar, eu pai das cores, mãe das dores, avô da incoerência, mas nada nada teu.


Incrível como a distância atua encurtando o que era vastidão e desejo transformando em troços o que a gente fez, bebeu, comeu e arquitetou. Bela e justa construção diria um crente. Eu que desconfio, desconverso. Sem nenhuma paz ou emoção. Sentado nesse vaso onde me esvaio em tua homenagem.


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