Força eu fiz, mas já não faço mais.
Caguei na tua alma. Estava pleno demais
para te poupar, eu que sou pai da
matéria, mãe do assunto, avô da discussão, mas nada teu.
Mijei no teu espírito. Estava
incontinente demais para evitar virar as cartas do jogo ou aquela esquina, eu pai
das putas, mãe das manhas, avó das aves, mas nada teu.
Peidei na tua existência. Estava enfatuado
demais para te perfumar, eu pai das cores, mãe das dores, avô da incoerência,
mas nada nada teu.
Incrível como a distância atua
encurtando o que era vastidão e desejo transformando em troços o que a
gente fez, bebeu, comeu e arquitetou. Bela e justa construção diria um crente. Eu que
desconfio, desconverso. Sem nenhuma paz ou emoção. Sentado nesse vaso onde me esvaio em tua homenagem.
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